Deve-se compreender e entender o sentido e o significado de finanças, que corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em espécie que serão usados em transações, negócios com transferência e circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se ter exposto a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação aos seus bens e direitos garantidos.
Analisando verifica-se que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos para compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria existência da empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção, recursos humanos e, principalmente no planejamento de nível estratégico, gerencial e operacional em que se toma dados e informações financeiras para a tomada de decisão na condução da empresa.
A gestão financeira é um conjunto de ferramentas ou técnicas utilizadas para controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de crédito para clientes, planejamento, análise de investimentos e de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários, desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira da empresa.
Essa área pode ser considerada como o “sangue” ou o combustível da empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso circular constantemente, possibilitando a realização das atividades necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, podendo ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização.
É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento financeiro que a maioria das empresas pequenas entram em falência até o quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de decisão.
Entendemos agora que é crucial a gestão financeira em uma empresa e é imprescindivelmente manter os indicadores e as ferramentas constantemente atualizáveis e ao alcance imediato nas tomadas de decisão, por isso mencionaremos as ferramentas e indicadores que usamos e as mais importantes abaixo.
O fluxo de caixa é o registro de todas as movimentações financeiras realizadas por uma empresa. Nesse controle, é feita a anotação das entradas e saídas de dinheiro.
A ideia é que, com base nisso, o administrador obtenha informações importantes para fundamentar sua tomada de decisão.
Observando o fluxo de caixa, é possível identificar quais atividades demandam maiores recursos. Além de também projetar o futuro financeiro da empresa, entendendo quando será viável fazer um investimento ou se será necessário realizar cortes.
É uma maneira de agir com prudência na gestão. Tomando por base os resultados do fluxo de caixa, você faz com que os procedimentos se tornem mais racionais. Garantindo assim que a transparência das informações obtidas seja o Norte para o futuro da empresa.
A DRE é um mapa da situação da empresa, considerando receita, custos, tributos e lucro. Basicamente, essa demonstração subtrai do faturamento os tributos, os custos da operação e outras despesas, construindo o resultado líquido.
A análise da DRE permite a comparação dos resultados da empresa com outras semelhantes ou até mesmo com padrões do mercado. Isso gera benchmark e uma indicação se há necessidade de melhorar algum ponto do negócio.
Benchmark é algo que tem contribuído com estabelecimentos bem-sucedidos no mundo todo. Com essa prática, é possível acompanhar os procedimentos adotados pelos concorrentes. Ou seja, assimilar conceitos que podem ser úteis para o seu negócio, criando diferencial de mercado.
A DRE é uma exigência legal para algumas empresas. Em situações em que não existe a obrigatoriedade, ainda assim é recomendável contar com esse recurso para que a atividade empresarial aconteça de maneira mais bem controlada.
O balanço patrimonial é uma das ferramentas de gestão financeira mais utilizadas, porque ela é um verdadeiro levantamento das finanças empresariais. O balanço registra todos os ativos e passivos do negócio, gerando o que chamamos de Patrimônio Líquido.
O ativo inclui os bens e direitos da empresa, como dinheiro em caixa, vendas a receber e bens materiais. O passivo representa as obrigações, ou seja, as contas a pagar, os fornecedores e as despesas operacionais. Já o Patrimônio Líquido é a parte relativa aos sócios — aqueles recursos financeiros e materiais aportados para criar a companhia, por exemplo.
A utilização do “BP” serve de base para a geração de indicadores da saúde financeira do negócio. A questão da solvência é verificada nesse balanço.
Com essa ferramenta de demonstração contábil, é possível ter parâmetros seguros para avaliar a situação em que o empreendimento se encontra em termos contábeis, financeiros e econômicos. Dessa forma, garante à gestão as informações necessárias para atuar diante de circunstâncias que podem comprometer a sequência das atividades.
A auditoria interna é uma verificação das condições financeiras da empresa. A execução da auditoria pode ser feita por uma equipe interna ou por profissionais terceirizados. A equipe deve ser diversificada, mas com conhecimento específico em contabilidade e finanças. Além disso, deve ser capaz de trazer uma análise segura a respeito do que vem sendo feito na companhia.
O processo de auditoria analisa vários documentos da empresa — relatórios, livros-caixa, registros contábeis etc. — para identificar a adequação da administração do negócio às melhores práticas. Outra finalidade da auditoria é detectar erros ou fraudes na documentação e na gestão.
Isso é muito comum em processos que envolvem a troca de gestores. No caso de um novo responsável se sentir inseguro a respeito das ações adotadas pela gestão anterior, ou até mesmo para ter parâmetros mais confiáveis a respeito do momento atual da companhia, ele pode apostar na auditoria como recurso.
É preciso ter critérios para lidar com os gastos. Dessa forma, o controle de custos permite discriminar as diferentes despesas e fornecer informações sobre a rentabilidade e o desempenho da empresa.
Com esse controle, a gestão pode avaliar se o orçamento e os valores cobrados estão dentro da realidade da companhia ou se precisam ser reavaliados. Para tanto, é realizada uma verificação de todas as despesas, as variações entre os gastos previstos e os reais. Além de ser feita uma análise a respeito da evolução das vendas, dos custos, do lucro e do capital investido nos produtos e serviços da empresa.
A conciliação bancária permite a comparação dos dados de entrada, saída e os saldos da companhia com as informações da movimentação bancária.
Dessa forma, é possível conferir se os números apresentados pela contabilidade coincidem com os registros bancários. Isto é algo fundamental, especialmente para organizações que trabalham com um volume alto de transações e precisam se precaver diante de eventuais erros e informações não contabilizadas.
Trata-se de uma importante ferramenta para garantir que não existem diferenças entre informações do controle interno e o registro bancário.
Um exemplo da importância da conciliação bancária está nas empresas que atuam no varejo. Nesse caso, como o volume de transações costuma ser maior, é comum que existem diferenças entre o controle interno e os registros bancários. Assim, com a ferramenta, é possível corrigir informações, tais como vendas realizadas e não contabilizadas realizadas por meio de cartões de crédito, cheques ou boletos.
Para que os processos financeiros e contábeis atendam às expectativas e contribuam com o crescimento da empresa, é preciso contar com uma ferramenta de gestão compatível com os interesses dos gestores.
Nesse sentido, o ERP é um recurso que permite automatizar processos e, mais do que isso, centralizar as informações, algo fundamental para garantir o ganho de tempo e o melhor controle financeiro. Como os ERPs oferecem a integração entre os setores da companhia, ele facilita a ação do departamento financeiro. Além disso, permite o acompanhamento mais detalhado das movimentações, por meio de relatórios embasados por informações patrimoniais e controle do fluxo de caixa.
Além disso, com o armazenamento em nuvem, é possível ter acesso a informações de onde o gestor estiver. Essa facilidade acaba dando mais dinamismo às ações do dia a dia.
É bom destacar também que a Cloud Computing tem sido um dos diferenciais do mundo moderno em termos empresariais. Por isso, não deixe de ter atenção às possibilidades que a tecnologia em nuvem oferece. Com ela, você pode tornar sua rotina mais segura e eficiente, contando com soluções web e até aplicativos desenvolvidos para smartphone. Entre os principais benefícios da implementação de um ERP estão:
Não há dúvidas de que uma das etapas mais importantes na gestão financeira de uma empresa é a análise dos indicadores financeiros, que fornecem ao administrador informações para acompanhar a situação da empresa em qualquer momento.
Com estes indicadores é possível tomar as decisões gerenciais necessárias, ajustando desvios que estejam prejudicando o desempenho dos negócios, ou aproveitar as oportunidades destacadas pelos índices.
Utilizamos a regra de Pareto e elencamos 5 exemplos de indicadores financeiros e econômicos fundamentais para gestão empresarial e que ao mesmo tempo são também 5 dos mais simples de serem implantados e de fácil obtenção, pois podem ser obtidos facilmente por meio da análise do DRE.
E realizando a avaliação destes indicadores, certamente sua empresa estará tomando decisões gerenciais de forma muito mais adequada e segura, mantendo a boa saúde econômica e financeira do seu negócio.
Veja na sequência como é rápido calculá-los e quantas informações importantes para tomada de decisões você consegue com ajuda destes 5 exemplos de indicadores financeiros fundamentais a gestão econômico-financeira de qualquer empresa.
O que é: o ticket médio representa o valor médio de cada venda.
Como calcular: basta pegar o volume total de faturamento e dividir pelo volume de vendas fechadas:
Ticket Médio = Faturamento / Vendas
Porque é importante: o ticket médio ajuda a entender melhor seu negócio e descobrir se sua empresa está vendendo itens de maior ou menor valor e descobrir, por exemplo, se deve focar sua estratégia mais na quantidade (caso o carro chefe seja itens de baixo valor) ou na qualidade (se os produtos que mais saem forem de preços mais altos).
Dica: faça a análise do ticket médio em sua empresa também por cliente e por vendedor. Assim você vai ficar sabendo quais são os seus clientes mais (e menos) lucrativos, e quem são melhores (e piores) vendedores de sua equipe. Desta forma sua empresa pode segmentar seus clientes e passar a oferecer um atendimento diferenciado, além de poder recompensar os vendedores com melhor desempenho.
Outro dos exemplos de indicadores financeiros que é fácil de obter, mas que muitos negligenciam em sua operação.
O que é: a Margem de Contribuição representa o quanto o lucro da venda de cada produto contribuirá para a empresa cobrir todos os seus custos e despesas fixas, chamados de custo de estrutura, e ainda gerar lucro.
Como calcular: para encontrar a Margem de Contribuição, basta fazer a seguinte conta:
Margem de Contribuição = Faturamento – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)
Porque é importante: conhecer a Margem de Contribuição que as vendas proporcionam é fundamental para o planejamento de qualquer empresa e essencial para poder tomar decisões relacionadas a investimentos e expansão. Se a MC não for boa o suficiente, a empresa pode estar vendendo bastante e mesmo assim tendo prejuízo.
Dica: alguns itens como comissões sobre vendas ou fretes podem ter grande impacto sobre a MC. Conseguir negociar melhores percentuais pode gerar grande aumento na MC de sua empresa, mesmo que às vezes o percentual pareça pouco.
O que é: também chamado de Ponto Crítico de Vendas ou Break-Even-Point, o Ponto de Equilíbrio é o montante mínimo necessário de vendas ou serviços prestados para cobrir todos os custos e despesas da empresa e não ter prejuízo. Portanto, ponto de equilíbrio é quando as vendas se igualam aos custos e despesas totais, não gerando nem lucro e nem prejuízo.
Como calcular: para calculá-lo, basta somar as despesas fixas mais as despesas financeiras e dividir pela porcentagem da margem de contribuição.
Ponto de Equilíbrio = Custos e Despesas Fixas / Índice da Margem de Contribuição
Porque é importante: o cálculo do Ponto de Equilíbrio auxilia a empresa a saber exatamente qual o mínimo que precisará vender para não dar prejuízo e não há como definir metas de vendas relevantes sem conhece-lo. Seu cálculo é extremamente importante antes de se iniciar uma empresa, para saber o mínimo que a empresa precisará faturar para ser viável. Mas também é fundamental em uma empresa já existente, que se defina as metas mínimas de vendas para que a empresa possa gerar lucro e crescer.
Dica: explicamos em detalhes e passo a passo como calcular o ponto de equilíbrio para sua empresa. Se você estiver iniciando um novo empreendimento ou mesmo planejando um novo exercício em sua empresa atual, não deixe de conferir.
O ponto de equilíbrio é um dos exemplos de indicadores financeiros mais importantes para saber se seu negócio está indo bem. O ideal é usar um gráfico para ter a exata noção do ponto a partir do qual seu montante de vendas está “pagando” a operação.
O que é: este indicador demonstra o poder de ganho da empresa comparando o seu lucro líquido com relação ao seu faturamento total (que pode ser o total de vendas, de serviços ou ambos), ou seja, qual o ganho que a empresa consegue gerar sobre o trabalho que ela desenvolve.
Como calcular: a forma para calcular a lucratividade é:
Lucratividade = (Lucro Líquido / Faturamento) * 100
Porque é importante: a lucratividade nos responde se o negócio está justificando ou não a operação, isto é, se as vendas são suficientes para pagar os custos e despesas e ainda gerar lucro. Além disto, como a lucratividade é dada em percentual, torna-se bastante útil para a comparação de empresas, mesmo de tamanhos ou setores distintos, sendo muito usado por investidores e bancos para análise de financiamentos.
Dica: cuidado para não confundir com rentabilidade, pois existe diferenças entre rentabilidade e lucratividade e não confunda estes dois exemplos de indicadores financeiros.
O que é: o termo EBITDA é o acrônimo em inglês para Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, a sigla por si só, já ajuda bastante a explicar a função do indicador. E fica ainda mais simples se traduzirmos literalmente para português, obtendo o termo LAJIDA, que significa Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.
Como calcular: o cálculo do EBITDA já está em seu próprio nome, mas utilizando uma fórmula teríamos:
EBITDA = Lucro Operacional + Depreciações + Amortizações
Porque é importante: o EBITDA é um indicador possibilita que seja analisado não apenas o resultado final da organização, e sim o processo de geração de valor com um todo. Até por isto, é um indicador bastante também utilizado no mercado de ações, pois possibilita a comparação direta de empresas, até mesmo de setores diferentes, já que com ele é possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio, descontando qualquer ganho financeiro (como contratos derivativos, alugueis ou outras rendas que a empresa possa ter gerado no período).
Dica: cada indicador possui uma função específica de análise, com certas “vantagens” e “desvantagens” associadas a essa especialização. E no caso do EBITDA é importante frisar que ele pode dar uma falsa perspectiva sobre a liquidez efetiva da empresa, exatamente por não levar em consideração os possíveis empréstimos e financiamentos tomados para alavancar a operação.
Se todos esses exemplos de indicadores financeiros não foram suficientes para te convencer sobre a importância e benefícios de sua análise, saiba que esta prática é muito útil não somente na gestão da própria empresa, mas também para a obtenção de financiamentos. Os bancos, em geral, analisam a capacidade da empresa de arcar com os encargos de uma eventual dívida através desses mesmos indicadores.
Aliás, a análise de indicadores financeiros também pode ser usada para fornecer informações consistentes para convencer os sócios existentes, ou potenciais, de que é um bom negócio investir mais dinheiro na empresa, entre vários outras utilidades.
Existem outros indicadores associados à rentabilidade do projeto, como:
VPL – Valor Presente Líquido;
VPLa – Valor Presente Líquido Anualizado;
IBC – Índice Benefício / Custo;
ROI – Retorno sobre o Investimento.
Além de indicadores financeiros associados aos riscos do projeto, como:
TIR – A Taxa Interna de retorno;
Payback – Tempo de recuperação do Investimento;
Ponto de Fisher